segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Saúde Mental
"A meus olhos, a saúde mental é o estado de uma pessoa capaz de conhecer seus limites e amá-los. Ser psiquicamente saudável significa viver relativamente feliz consigo mesmo apesar das inveitáveis provas, experiências e restrições que a vida nos impõe."
J.-D. Nasio
[in Um psicanalista no divã, Jorge Zahar Editor, 2003, p22]
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
O significante do impossível
Por Jacques Lacan e Claude Lévi-Strauss
Jacques Lacan: – Se quisesse caracterizar em que sentido fui sustentado e transportado pelo discurso de Claude Lévi-Strauss, diria que é no acento que ele colocou sobre o que chamarei a função do significante, no sentido que este termo tem em linguística, na medida em que este significante não só se distingue por suas leis, senão que prevalece sobre o significado ao que as impõe.
Claude Lévi-Strauss nos mostra, por todas as partes, onde a estrutura simbólica domina as relações sensíveis. Ele nos mostrou que as estruturas do parentesco se ordenam segundo uma série que as possibilidades da combinatória explicam em última instância; ao ponto de que quase todas estas possibilidades se realizam em algum lugar, nas estruturas que registramos no mundo. Quer dizer que, por um lado, é possível responder por aquelas que não encontramos. devido a algum impasse ao qual levaria seu uso, e que, por outro lado, se existem classes possíveis que permanecem vazias, deve-se esperar encontrar algum dia que as complete.
Finalmente, o que faz que uma estrutura seja possível são razões internas ao significante; o que faz que certa forma de intercâmbio seja concebível o não, o são razões propriamente aritméticas.
O segundo passo que, graças a ele, eu já tinha franqueado, é aquilo que devemos aos seus desenvolvimentos sobre o mitema: uma extensão à noção do mito desse acento posto sobre o significante. A análise dos mitemas tal e como ele nos propõe realizá-la, consistiria em buscar estes elementos significantes, estas unidades significantes no nível do mito – onde elas se chamam mitemas, assim como no nível do material essencial temos os fonemas – para reencontrar ali uma sorte de linguística generalizada.
Muito me impactou, nesta primeira análise do mitema, o caráter avançado das fórmulas que ele conseguiu encontrar, já em condições de extrair das linhagens heroicas certas combinações: por exemplo, como um agrupamento de términos que se produz na primeira geração e se reproduz, mas em uma combinação transformada, na segunda. Digamos que o que acontece na geração de Édipo pode ser homologado à geração de Eteocles e Polinices segundo um modo de transformação previsível em seu rigor; então, a falta de arbitrariedade do mito se manifesta no fato de que em ambos os níveis encontramos uma coerência igual, que se corresponde ponto a ponto um nível com o outro.
Como Claude Lévi-Strauss não ignora, tentei, me atrevo a dizer que com um êxito total, aplicar sua grade aos sintomas da neurose obsessiva, e especialmente à admirável analise que fez Freud do caso do Homem dos Ratos, em uma conferência que titulei “O mito individual do neurótico”. Cheguei inclusive a formalizar estritamente o caso segundo uma fórmula dada por Claude Lévi-Strauss, onde se lê o que chamarei de signo de uma espécie de impossibilidade da resolução total do problema do mito. O mito está lá para nos mostrar a colocação em equação, sob uma forma significante, de uma problemática que por si só deve deixar necessariamente algo em aberto, que responde ao insolúvel, e sua saída, reencontrada em suas equivalências, que fornece – essa seria a função do mito – o significante do impossível.
Os significantes estão feitos para serem seriados, para serem organizados, para realizar-se uma escolha. Esse é o fundo sobre o qual se inscreve a experiência analítica, inclusive a experiência etnográfica: você encontrou lá o que podemos encontrar em nós.
Interessa-nos o sistema de significantes na medida em que organiza, na medida em que é a andamiagem de tudo isso e determina ali várias vertentes, pontos cardinais, inversões, conversões e o jogo da dívida.
Certamente, esta ordem de estudo envolve por si só tal mudança de perspectiva que permite reclassificar os problemas de um modo completamente diferente. Por exemplo, interrogar-se qual será exatamente o sistema de transformação do significante nas diferentes manifestações do simbolismo que a análise tem revelado no psiquismo: provavelmente não se apresente em todos os lugares do mesmo modo que na neurose obsessiva; é de um modo mais completo ou descompleto em outros registros? De aqui para frente podemos reencontrá-lo no sonho: e, se tivessem contado com esta chave, os autores que se interessaram na função do que chamaram sonhos em dois tempos, ou sonhos redobrados, teriam sido mais pertinentes em suas colocações, menos toscos em seu recurso às instâncias psíquicas em sua forma entificada para explicar a necessidade da reduplicação de um mesmo tema e o que ali se esgota. Isso não faz mais do que acrescentar a intensidade do problema, pois, se isso funciona ao nível do sonho ao que nos conduz a respeito da atividade mental? Isto renova por completo o alcance das perguntas.
Claude Lévi-Strauss: - O problema de hoje é o das relações ente a mitologia e o ritual, problema geralmente escamoteado sob o pretexto de que o mito é de ordem da representação, e o rito, da ordem da ação. Mas isto só seria verdadeiro se as ações, os gestos do rito, fossem ações e gestos verdadeiros, ou seja, se culminassem em um resultado. Você falou recentemente do significante e do impossível; se o ritual não produz resultado, é preciso concluir disso que consiste em pseudo-gestos executados, não em razão de um resultado concreto, mas porque são um apoio de significação. Nesta perspectiva, mesmo se tratando de dois sistemas de signos diferentes, de dois códigos diferentes, tanto no plano do mito como no do rito nos encontramos ante um código; alguma vez caracterizei o mito como uma metalinguagem e o rito como uma para-linguagem, mas, em ambos os casos, linguagem. Então, por que existem ali duas linguagens? É o problema que tentei colocar. Acho que é possível fazer progredir sua solução mostrando que esta assimilação entre o mito e o rito está tão justificada que o tipo de combinações que uma sociedade realiza em forma de mito, aquela que está do lado a realiza em forma de rito. As razões pelas quais se produzem estas eleições diferentes não tocam o essencial da interpretação simbólica, e envolvem a respectiva história destas populações. Não penso situar-me assim à zaga das minhas hipóteses procedentes. Vejo ali, pelo contrário, um meio de estendê-las e desenvolvê-las já que se trata de englobar no reinado do simbolismo o domínio do ritual, o qual se havia deixado de lado até agora.
*Intervenção de Lacan e resposta de Lévi-Strauss, trás uma exposição de este último, denominada “Sobre as relações entre a mitologia e o ritual”, na Sociedade Francesa de Filosofia, dia 26 de maio de 1956. Extraído do texto incluído em “O mito individual do neurótico”, que distribui nestes dias editorial Paidós.
Tradução: Blanca Musachi
Jacques Lacan: – Se quisesse caracterizar em que sentido fui sustentado e transportado pelo discurso de Claude Lévi-Strauss, diria que é no acento que ele colocou sobre o que chamarei a função do significante, no sentido que este termo tem em linguística, na medida em que este significante não só se distingue por suas leis, senão que prevalece sobre o significado ao que as impõe.
Claude Lévi-Strauss nos mostra, por todas as partes, onde a estrutura simbólica domina as relações sensíveis. Ele nos mostrou que as estruturas do parentesco se ordenam segundo uma série que as possibilidades da combinatória explicam em última instância; ao ponto de que quase todas estas possibilidades se realizam em algum lugar, nas estruturas que registramos no mundo. Quer dizer que, por um lado, é possível responder por aquelas que não encontramos. devido a algum impasse ao qual levaria seu uso, e que, por outro lado, se existem classes possíveis que permanecem vazias, deve-se esperar encontrar algum dia que as complete.
Finalmente, o que faz que uma estrutura seja possível são razões internas ao significante; o que faz que certa forma de intercâmbio seja concebível o não, o são razões propriamente aritméticas.
O segundo passo que, graças a ele, eu já tinha franqueado, é aquilo que devemos aos seus desenvolvimentos sobre o mitema: uma extensão à noção do mito desse acento posto sobre o significante. A análise dos mitemas tal e como ele nos propõe realizá-la, consistiria em buscar estes elementos significantes, estas unidades significantes no nível do mito – onde elas se chamam mitemas, assim como no nível do material essencial temos os fonemas – para reencontrar ali uma sorte de linguística generalizada.
Muito me impactou, nesta primeira análise do mitema, o caráter avançado das fórmulas que ele conseguiu encontrar, já em condições de extrair das linhagens heroicas certas combinações: por exemplo, como um agrupamento de términos que se produz na primeira geração e se reproduz, mas em uma combinação transformada, na segunda. Digamos que o que acontece na geração de Édipo pode ser homologado à geração de Eteocles e Polinices segundo um modo de transformação previsível em seu rigor; então, a falta de arbitrariedade do mito se manifesta no fato de que em ambos os níveis encontramos uma coerência igual, que se corresponde ponto a ponto um nível com o outro.
Como Claude Lévi-Strauss não ignora, tentei, me atrevo a dizer que com um êxito total, aplicar sua grade aos sintomas da neurose obsessiva, e especialmente à admirável analise que fez Freud do caso do Homem dos Ratos, em uma conferência que titulei “O mito individual do neurótico”. Cheguei inclusive a formalizar estritamente o caso segundo uma fórmula dada por Claude Lévi-Strauss, onde se lê o que chamarei de signo de uma espécie de impossibilidade da resolução total do problema do mito. O mito está lá para nos mostrar a colocação em equação, sob uma forma significante, de uma problemática que por si só deve deixar necessariamente algo em aberto, que responde ao insolúvel, e sua saída, reencontrada em suas equivalências, que fornece – essa seria a função do mito – o significante do impossível.
Os significantes estão feitos para serem seriados, para serem organizados, para realizar-se uma escolha. Esse é o fundo sobre o qual se inscreve a experiência analítica, inclusive a experiência etnográfica: você encontrou lá o que podemos encontrar em nós.
Interessa-nos o sistema de significantes na medida em que organiza, na medida em que é a andamiagem de tudo isso e determina ali várias vertentes, pontos cardinais, inversões, conversões e o jogo da dívida.
Certamente, esta ordem de estudo envolve por si só tal mudança de perspectiva que permite reclassificar os problemas de um modo completamente diferente. Por exemplo, interrogar-se qual será exatamente o sistema de transformação do significante nas diferentes manifestações do simbolismo que a análise tem revelado no psiquismo: provavelmente não se apresente em todos os lugares do mesmo modo que na neurose obsessiva; é de um modo mais completo ou descompleto em outros registros? De aqui para frente podemos reencontrá-lo no sonho: e, se tivessem contado com esta chave, os autores que se interessaram na função do que chamaram sonhos em dois tempos, ou sonhos redobrados, teriam sido mais pertinentes em suas colocações, menos toscos em seu recurso às instâncias psíquicas em sua forma entificada para explicar a necessidade da reduplicação de um mesmo tema e o que ali se esgota. Isso não faz mais do que acrescentar a intensidade do problema, pois, se isso funciona ao nível do sonho ao que nos conduz a respeito da atividade mental? Isto renova por completo o alcance das perguntas.
Claude Lévi-Strauss: - O problema de hoje é o das relações ente a mitologia e o ritual, problema geralmente escamoteado sob o pretexto de que o mito é de ordem da representação, e o rito, da ordem da ação. Mas isto só seria verdadeiro se as ações, os gestos do rito, fossem ações e gestos verdadeiros, ou seja, se culminassem em um resultado. Você falou recentemente do significante e do impossível; se o ritual não produz resultado, é preciso concluir disso que consiste em pseudo-gestos executados, não em razão de um resultado concreto, mas porque são um apoio de significação. Nesta perspectiva, mesmo se tratando de dois sistemas de signos diferentes, de dois códigos diferentes, tanto no plano do mito como no do rito nos encontramos ante um código; alguma vez caracterizei o mito como uma metalinguagem e o rito como uma para-linguagem, mas, em ambos os casos, linguagem. Então, por que existem ali duas linguagens? É o problema que tentei colocar. Acho que é possível fazer progredir sua solução mostrando que esta assimilação entre o mito e o rito está tão justificada que o tipo de combinações que uma sociedade realiza em forma de mito, aquela que está do lado a realiza em forma de rito. As razões pelas quais se produzem estas eleições diferentes não tocam o essencial da interpretação simbólica, e envolvem a respectiva história destas populações. Não penso situar-me assim à zaga das minhas hipóteses procedentes. Vejo ali, pelo contrário, um meio de estendê-las e desenvolvê-las já que se trata de englobar no reinado do simbolismo o domínio do ritual, o qual se havia deixado de lado até agora.
*Intervenção de Lacan e resposta de Lévi-Strauss, trás uma exposição de este último, denominada “Sobre as relações entre a mitologia e o ritual”, na Sociedade Francesa de Filosofia, dia 26 de maio de 1956. Extraído do texto incluído em “O mito individual do neurótico”, que distribui nestes dias editorial Paidós.
Tradução: Blanca Musachi
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Comentário sobre “A Teoria do parceiro”. J. A . Miller.
Por Margarida Assad, psicanalista e Membros da Escola Brasileira de Psicanálise - EBP
Esse texto é uma ampla parte do curso dado por Miller em colaboração com Laurent no ano de 1996/1997, O Outro que não Existe e seus comitês de ética.
Penso que aí já se anunciavam as transformações do ensino de Lacan e, que Miller vem nos transmitindo desde então em seus cursos, marcando o segundo e o ultimíssimo Lacan.
A premissa é que não há um saber no real, o que se articula a não haver um saber sobre a relação entre os sexos. Assim, diz Miller, se há sintoma então não há saber no real sobre a sexualidade.
Para desenvolver essa questão, Miller nos fala da parceria do sujeito com a verdade que se apresenta para Descartes na relação do homem com Deus. Em primeiro lugar nos trazendo a solução cartesiana para que o homem possa se relacionar com um Deus que não engane, que não se manifeste e não deseje, ou seja, um deus silencioso, um deus da ciência. Por outro lado, Descartes, também aborda um deus atormentado, furioso, é o deus bíblico.
Como jogar a partida com a verdade com esse Deus-janus?
Essa parceria nos aponta para a parceria com o Outro. No início do seu ensino Lacan, colocava um problema para o sujeito: o de ter seu desejo reconhecido pelo Outro. Mas o conceito de Outro em Lacan se modifica, deixando de ser o Outro com a marca do significante fálico para aceder a um lugar de furo, de não resposta, de silêncio. O Outro sexual também se modifica e o sujeito terá que se relacionar com seu gozo, seu objeto a, semblante de objeto.
O parceiro então é o gozo; e o parceiro sexual será escolhido em função de como ele elabora seu saber sobre sua posição de exilado da relação sexual. Desta forma, é o sintoma, que passa a ocupar o lugar formal do núcleo de gozo. Surge uma nova teoria sobre o amor. Um amor que não passa pelo narcisismo, mas pelo inconsciente, ou seja, pela elucubração do saber da não relação sexual. Há o sintoma como um recurso para saber fazer com o outro sexo, que se torna um revestimento para o objeto a. O parceiro é assim o invólucro formal do núcleo de gozo. O que leva Lacan a dizer que no nível do sintoma o sujeito é sempre feliz.
Assim, se já podíamos pensar em um Deus janus, um que engana e um que não engana, podemos pensar em um objeto janus, um objeto fálico e um real, semblante de objeto. Mas também podemos falar em um sintoma janus, pois, como nos diz Miller, ele é o que não vai bem, mas é também o único lugar onde isso rola...
Com essas considerações podemos propor algumas questões sobre o tema de nosso colóquio:
Como explicar a parceria com um objeto da pulsão no nível do fundamento sintomático do casal?
Quais transformações podem ser pensadas sobre a pulsão quando o final de análise não se esgota na travessia da fantasia? Ou, se não há travessia da pulsão o que é a cura?
É possível amar seu sintoma? Fazer bom uso dele é amá-lo? O que se ama, quando há sinthoma e não sintoma?
Esse texto é uma ampla parte do curso dado por Miller em colaboração com Laurent no ano de 1996/1997, O Outro que não Existe e seus comitês de ética.
Penso que aí já se anunciavam as transformações do ensino de Lacan e, que Miller vem nos transmitindo desde então em seus cursos, marcando o segundo e o ultimíssimo Lacan.
A premissa é que não há um saber no real, o que se articula a não haver um saber sobre a relação entre os sexos. Assim, diz Miller, se há sintoma então não há saber no real sobre a sexualidade.
Para desenvolver essa questão, Miller nos fala da parceria do sujeito com a verdade que se apresenta para Descartes na relação do homem com Deus. Em primeiro lugar nos trazendo a solução cartesiana para que o homem possa se relacionar com um Deus que não engane, que não se manifeste e não deseje, ou seja, um deus silencioso, um deus da ciência. Por outro lado, Descartes, também aborda um deus atormentado, furioso, é o deus bíblico.
Como jogar a partida com a verdade com esse Deus-janus?
Essa parceria nos aponta para a parceria com o Outro. No início do seu ensino Lacan, colocava um problema para o sujeito: o de ter seu desejo reconhecido pelo Outro. Mas o conceito de Outro em Lacan se modifica, deixando de ser o Outro com a marca do significante fálico para aceder a um lugar de furo, de não resposta, de silêncio. O Outro sexual também se modifica e o sujeito terá que se relacionar com seu gozo, seu objeto a, semblante de objeto.
O parceiro então é o gozo; e o parceiro sexual será escolhido em função de como ele elabora seu saber sobre sua posição de exilado da relação sexual. Desta forma, é o sintoma, que passa a ocupar o lugar formal do núcleo de gozo. Surge uma nova teoria sobre o amor. Um amor que não passa pelo narcisismo, mas pelo inconsciente, ou seja, pela elucubração do saber da não relação sexual. Há o sintoma como um recurso para saber fazer com o outro sexo, que se torna um revestimento para o objeto a. O parceiro é assim o invólucro formal do núcleo de gozo. O que leva Lacan a dizer que no nível do sintoma o sujeito é sempre feliz.
Assim, se já podíamos pensar em um Deus janus, um que engana e um que não engana, podemos pensar em um objeto janus, um objeto fálico e um real, semblante de objeto. Mas também podemos falar em um sintoma janus, pois, como nos diz Miller, ele é o que não vai bem, mas é também o único lugar onde isso rola...
Com essas considerações podemos propor algumas questões sobre o tema de nosso colóquio:
Como explicar a parceria com um objeto da pulsão no nível do fundamento sintomático do casal?
Quais transformações podem ser pensadas sobre a pulsão quando o final de análise não se esgota na travessia da fantasia? Ou, se não há travessia da pulsão o que é a cura?
É possível amar seu sintoma? Fazer bom uso dele é amá-lo? O que se ama, quando há sinthoma e não sintoma?
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