Durante final de semana o CEPP recebeu a psicanalista Glacy Gorski, Membro da
Associação Mundial de Psicanálise – AMP; Membro da Escola Brasileira de
Psicanálise – Delegação PB e atual diretora financeira da EBP, que transmitiu
sobre Histeria e Feminilidade. Glacy inicia questionando a histeria, seu
estatuto na contemporaneidade e se a mudança da ordem familiar gera uma mudança
nas estruturas clínicas? Articula a histeria como uma das estruturas clínicas
da psicanálise, diferenciando-a da
feminilidade. Em Freud, a histeria já é pensada também em homens, o que nos
leva a pensar sobre o feminino a partir de uma posição subjetiva do sujeito.
Segue nos relatando sobre o declínio do pai na
atualidade e uma prevalência do empuxo ao gozo. Apresenta a histeria
desassociada da feminilidade, ressaltando a histeria como uma negação da
feminilidade. Segundo Glacy, o feminino está articulado há algo não
representado, aquilo que não cessa de se inscrever, sendo o gozo feminino
absoluto, ao qual a mulher é a única a ser ultrapassada pelo seu próprio gozo.
No contexto da parceria homem e mulher, ambos não se encontram, pois estão em
registros diferentes.
Glacy
faz colocações bem definidas sobre as posições femininas e posições masculinas
que ultrapassam a anatomia humana. Essas posições se ordenam a partir do
registro fálico, marcando a natureza da libido sempre como ativa. Isso leva à
mulher a possibilidade de uma posição fálica ou feminina em sua subjetividade. Chegar à posição feminina é um confronto com a castração que possibilita o encontro
com o amoroso.
Carlange
de Castro
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