quarta-feira, 23 de outubro de 2013
sábado, 28 de setembro de 2013
AVISO SOBRE INSCRIÇÃO DA CONFERÊNCIA DO AMOR
Em virtude da greve dos bancos, aqueles que queiram se inscrever na conferência Amor e seus Enlaces na Mulher Contemporânea, poderão realizar as inscrições nos dias: 02.10 - 19h às 20h:30min; ou 03/10 - 8h às 10h, na sede do CEPP.
Valor R$ 35,00
11 vagas
Valor R$ 35,00
11 vagas
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Conferência: Amor e seus Enlaces na Mulher Contemporânea
Conferência: Amor e seus Enlaces na Mulher Contemporânea
Ministrado por: Carlange de Castro
Data: 05/10/2013
Horário: 8h20min às 11:20min
Local: Av. Dom Severino, 1024-Sala 06
Valor: R$ 35,00
Inscrição: cepp.teresina@gmail.com
Obs: Enviar para o endereço acima comprovante de pagamento e Nome completo. A inscrição só será efetuada com a confirmação do pagamento. O evento fornecerá aos participantes um comprovante de participação.
30 vagas
Ministrado por: Carlange de Castro
Data: 05/10/2013
Horário: 8h20min às 11:20min
Local: Av. Dom Severino, 1024-Sala 06
Valor: R$ 35,00
Inscrição: cepp.teresina@gmail.com
Obs: Enviar para o endereço acima comprovante de pagamento e Nome completo. A inscrição só será efetuada com a confirmação do pagamento. O evento fornecerá aos participantes um comprovante de participação.
30 vagas
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Considerações sobre o curso Histeria e Feminilidade
Durante final de semana o CEPP recebeu a psicanalista Glacy Gorski, Membro da
Associação Mundial de Psicanálise – AMP; Membro da Escola Brasileira de
Psicanálise – Delegação PB e atual diretora financeira da EBP, que transmitiu
sobre Histeria e Feminilidade. Glacy inicia questionando a histeria, seu
estatuto na contemporaneidade e se a mudança da ordem familiar gera uma mudança
nas estruturas clínicas? Articula a histeria como uma das estruturas clínicas
da psicanálise, diferenciando-a da
feminilidade. Em Freud, a histeria já é pensada também em homens, o que nos
leva a pensar sobre o feminino a partir de uma posição subjetiva do sujeito.
Segue nos relatando sobre o declínio do pai na
atualidade e uma prevalência do empuxo ao gozo. Apresenta a histeria
desassociada da feminilidade, ressaltando a histeria como uma negação da
feminilidade. Segundo Glacy, o feminino está articulado há algo não
representado, aquilo que não cessa de se inscrever, sendo o gozo feminino
absoluto, ao qual a mulher é a única a ser ultrapassada pelo seu próprio gozo.
No contexto da parceria homem e mulher, ambos não se encontram, pois estão em
registros diferentes.
Glacy
faz colocações bem definidas sobre as posições femininas e posições masculinas
que ultrapassam a anatomia humana. Essas posições se ordenam a partir do
registro fálico, marcando a natureza da libido sempre como ativa. Isso leva à
mulher a possibilidade de uma posição fálica ou feminina em sua subjetividade. Chegar à posição feminina é um confronto com a castração que possibilita o encontro
com o amoroso.
Carlange
de Castro
domingo, 25 de agosto de 2013
Papo de garotas
De Quentin Tarantino e do fetichismo hipermoderno
Gérard Wajcman (AMP/ECF)
Heroínas, novas perversas
Tarantino, em lacaniano rigoroso, desdobra seus filmes exatamente entre os dois pólos que, para Lacan, sustentam o fio do gozo: “Isso começa com as cócegas e termina com a labareda de gasolina” 1. E isso ao ponto de que se poderia acreditar que Lacan falava aí dos filmes de Tarantino. Para compreender, é necessário pensar como Kill Bill. Este filme poderia ter como subtítulo: poder às garotas! É o que finalmente diz seu título – levando a pensar que todos os rapazes chamam-se Bill. É preciso dar todo o seu valor ao fato de que Tarantino escolheu David Carradine para o papel, herói nos anos 70 da célebre série televisiva Kung-Fu. Uma Thurman o mata graças a uma técnica secreta que faz explodir seu coração. Ela é mais
forte do que ele. É o herói dos anos 70 abatido pela garota dos anos 2000. Esse filme anuncia que as garotas são as novas heroínas. E essas heroínas são as novas perversas. Tarantino é evidentemente um perverso polimorfo. Ele ama os pés das garotas. Assim que começam os créditos de abertura de Death Proof, vemos os pés nus das garotas plenamente enquadrados, pousados na praia na frente do carro. Percebemos claramente que é para dar prazer aos garotos. A massagem dos pés não é necessariamente o truque das garotas. Elas praticam a massagem da fala. Mas o que faz de Tarantino um cineasta importante, é que, como Hitchcock, é um perverso que não se ignora, que sabe exatamente onde está o seu desejo. Ele filma garotas que lhe dão prazer como ele quer, mas à diferença de Hitchcock, tem na cabeça a seguinte
questão: o que faz as garotas gozarem?
O que as “fissura”? A Talk Massage, seguramente. Os rapazes sem dúvida, mas também os carros. O fetichismo dos carros é, normalmente, um truque dos caras. Vejamos que as garotas se apropriam das perversões dos caras. É o que Death Proof relata. Sabemos que o fetichismo feminino é raro. Como o fetichismo repousa na denegação da castração materna, esse diagnóstico é frequentemente reservado para os homens, pois, como diz Freud, as garotas estão bem situadas para saberem o que elas não têm.
Ao mesmo tempo, rapazes e garotas, estamos todos submersos num fetichismo generalizado e industrializado. Freud explicava como os objetos circulam por metonímia, como substitutos ao falo materno – substituindo um objeto que não existe por outro objeto. Hoje em dia é legítimo se perguntar: a própria ideia de uma clínica do fetichismo ainda faz sentido num mundo submergido pelos objetos? All the world’s a market, and all the man and women merely consumers. Condenados ao consumo, o fetichismo tende a tornar-se a norma social.
A encarnação do Zeitgeist feminino
O cinema é mais atento ao cingir essa novidade clínica do objeto do lado das mulheres. Sempre teve essa capacidade notável de descrever as mulheres capazes de figurar modelos, de construir paradigmas. É a única arte na qual as mulheres podem surgir encarnando o que eu nomearia de Zeitgeist feminino, o espírito da mulher do tempo. Nos anos sessenta, quando se sai do pós-guerra, é evidentemente Brigitte Bardot que encarna a mulher em voga; quer dizer a mulher dos tempos por vir. Brigitte Bardot é a mulher que anuncia a era dos objetos e do gozo liberado. E também uma nova liberdade para as mulheres. Essa nova mulher nasceu em 1956, em E Deus criou a mulher de Vadim. Ela está mesmo à frente do novo cinema.
O novo cinema e a nova mulher vão se juntar em 63, em Mépris de Godard. Camille é a nova mulher. Não somente uma nova imagem, de uma mulher bela e livre, mas uma mulher inédita: uma mulher que menospreza
um homem. Existia o formidável romance de Moravia, mas a literatura não poderia bastar para criar esta figura, era preciso um corpo real, era preciso Bardot. O espírito do tempo é um corpo. E Bardot teria sido esse novo corpo, esse espírito de corpo. Uma nova mulher é uma mulher que mostra uma nova maneira de gozar. A questão se coloca hoje em dia assim: onde está a Miss Zeitgeist 2012?
Cada uma das Miss Zeitgeist é a encarnação em um momento dado da pergunta feita por Freud: O que
quer uma mulher? Sabemos que essa foi, para ele, “a grande questão”. Isso nos leva a pensar que era uma
questão para sempre sem resposta. É isso que haveria de eterno nas mulheres, questão que elas não cessariam de colocar aos homens. A potência dessas mulheres, sintomas-do-tempo no cinema, é encarnar essa pergunta em uma época. Enigma colocado aos homens, que implica certa ameaça, já que a questão de saber o que quer uma mulher está enodada àquela de saber o que ela quer de nós. É a questão de Godard em Le Mépris. O que ela quer de nós nos anos 2000?
Kill Bill é a história de uma garota vestida de couro que roda de moto e maneja o sabre. Eis a figura da nova
mulher. Tarantino mostra uma mulher que se apropriou da arma dos homens. A arma dele é Uma Thurman,
encarnação da nova mulher do século XXI. Diante dessa arma hipermoderna, todos os homens chamam-se
Bill. Não os idiotas: os homens desarmados. Uma nova figura do homem se esboça: um homem a serviço do
gozo das mulheres. Em Kill Bill, Beatrix ainda espera alguma coisa; em Death Proof, as garotas não esperam
mais nada, elas dizem sim ou não, vem ou cai fora. São elas que comandam. Tudo o que uma garota espera
de um rapaz é precisamente o que Butterfly diz a Dov: “Você tem dois trabalhos: beijar-me bem e manter
meus cabelos secos”. O homem não é mais o portador de sabre, é um portador de guarda-chuva.
1 Lacan, Jaques. O Seminário, livro 17: o avesso da psicanálise (1969-1970). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1992, p. 68.
Tradução: Marcela Antelo (AMP/EBP)
Revisão: Elisa Monteiro (AMP/EBP)
Gérard Wajcman (AMP/ECF)
Heroínas, novas perversas
Tarantino, em lacaniano rigoroso, desdobra seus filmes exatamente entre os dois pólos que, para Lacan, sustentam o fio do gozo: “Isso começa com as cócegas e termina com a labareda de gasolina” 1. E isso ao ponto de que se poderia acreditar que Lacan falava aí dos filmes de Tarantino. Para compreender, é necessário pensar como Kill Bill. Este filme poderia ter como subtítulo: poder às garotas! É o que finalmente diz seu título – levando a pensar que todos os rapazes chamam-se Bill. É preciso dar todo o seu valor ao fato de que Tarantino escolheu David Carradine para o papel, herói nos anos 70 da célebre série televisiva Kung-Fu. Uma Thurman o mata graças a uma técnica secreta que faz explodir seu coração. Ela é mais
forte do que ele. É o herói dos anos 70 abatido pela garota dos anos 2000. Esse filme anuncia que as garotas são as novas heroínas. E essas heroínas são as novas perversas. Tarantino é evidentemente um perverso polimorfo. Ele ama os pés das garotas. Assim que começam os créditos de abertura de Death Proof, vemos os pés nus das garotas plenamente enquadrados, pousados na praia na frente do carro. Percebemos claramente que é para dar prazer aos garotos. A massagem dos pés não é necessariamente o truque das garotas. Elas praticam a massagem da fala. Mas o que faz de Tarantino um cineasta importante, é que, como Hitchcock, é um perverso que não se ignora, que sabe exatamente onde está o seu desejo. Ele filma garotas que lhe dão prazer como ele quer, mas à diferença de Hitchcock, tem na cabeça a seguinte
questão: o que faz as garotas gozarem?
O que as “fissura”? A Talk Massage, seguramente. Os rapazes sem dúvida, mas também os carros. O fetichismo dos carros é, normalmente, um truque dos caras. Vejamos que as garotas se apropriam das perversões dos caras. É o que Death Proof relata. Sabemos que o fetichismo feminino é raro. Como o fetichismo repousa na denegação da castração materna, esse diagnóstico é frequentemente reservado para os homens, pois, como diz Freud, as garotas estão bem situadas para saberem o que elas não têm.
Ao mesmo tempo, rapazes e garotas, estamos todos submersos num fetichismo generalizado e industrializado. Freud explicava como os objetos circulam por metonímia, como substitutos ao falo materno – substituindo um objeto que não existe por outro objeto. Hoje em dia é legítimo se perguntar: a própria ideia de uma clínica do fetichismo ainda faz sentido num mundo submergido pelos objetos? All the world’s a market, and all the man and women merely consumers. Condenados ao consumo, o fetichismo tende a tornar-se a norma social.
A encarnação do Zeitgeist feminino
O cinema é mais atento ao cingir essa novidade clínica do objeto do lado das mulheres. Sempre teve essa capacidade notável de descrever as mulheres capazes de figurar modelos, de construir paradigmas. É a única arte na qual as mulheres podem surgir encarnando o que eu nomearia de Zeitgeist feminino, o espírito da mulher do tempo. Nos anos sessenta, quando se sai do pós-guerra, é evidentemente Brigitte Bardot que encarna a mulher em voga; quer dizer a mulher dos tempos por vir. Brigitte Bardot é a mulher que anuncia a era dos objetos e do gozo liberado. E também uma nova liberdade para as mulheres. Essa nova mulher nasceu em 1956, em E Deus criou a mulher de Vadim. Ela está mesmo à frente do novo cinema.
O novo cinema e a nova mulher vão se juntar em 63, em Mépris de Godard. Camille é a nova mulher. Não somente uma nova imagem, de uma mulher bela e livre, mas uma mulher inédita: uma mulher que menospreza
um homem. Existia o formidável romance de Moravia, mas a literatura não poderia bastar para criar esta figura, era preciso um corpo real, era preciso Bardot. O espírito do tempo é um corpo. E Bardot teria sido esse novo corpo, esse espírito de corpo. Uma nova mulher é uma mulher que mostra uma nova maneira de gozar. A questão se coloca hoje em dia assim: onde está a Miss Zeitgeist 2012?
Cada uma das Miss Zeitgeist é a encarnação em um momento dado da pergunta feita por Freud: O que
quer uma mulher? Sabemos que essa foi, para ele, “a grande questão”. Isso nos leva a pensar que era uma
questão para sempre sem resposta. É isso que haveria de eterno nas mulheres, questão que elas não cessariam de colocar aos homens. A potência dessas mulheres, sintomas-do-tempo no cinema, é encarnar essa pergunta em uma época. Enigma colocado aos homens, que implica certa ameaça, já que a questão de saber o que quer uma mulher está enodada àquela de saber o que ela quer de nós. É a questão de Godard em Le Mépris. O que ela quer de nós nos anos 2000?
Kill Bill é a história de uma garota vestida de couro que roda de moto e maneja o sabre. Eis a figura da nova
mulher. Tarantino mostra uma mulher que se apropriou da arma dos homens. A arma dele é Uma Thurman,
encarnação da nova mulher do século XXI. Diante dessa arma hipermoderna, todos os homens chamam-se
Bill. Não os idiotas: os homens desarmados. Uma nova figura do homem se esboça: um homem a serviço do
gozo das mulheres. Em Kill Bill, Beatrix ainda espera alguma coisa; em Death Proof, as garotas não esperam
mais nada, elas dizem sim ou não, vem ou cai fora. São elas que comandam. Tudo o que uma garota espera
de um rapaz é precisamente o que Butterfly diz a Dov: “Você tem dois trabalhos: beijar-me bem e manter
meus cabelos secos”. O homem não é mais o portador de sabre, é um portador de guarda-chuva.
1 Lacan, Jaques. O Seminário, livro 17: o avesso da psicanálise (1969-1970). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1992, p. 68.
Tradução: Marcela Antelo (AMP/EBP)
Revisão: Elisa Monteiro (AMP/EBP)
domingo, 18 de agosto de 2013
Diário do Povo (01/08/2013)
A visita de Marcelo Veras, psicanalista e Diretor da EBP, à Teresina e ao CEPP foi destaque nos jornais do Piauí. É a psicanálise se movimentando em nosso Estado.
quarta-feira, 31 de julho de 2013
INSCRIÇÕES ABERTAS
PALESTRA: AS MULHERES E SUAS ESCOLHAS, FORMAS DO FEMININO E HISTERIA
DATA: 30.08.2013
HORÁRIO: 19H
LOCAL: Auditório da Facid
Atividade isenta
MINISTRANTE: GLACY GORSKI, Psicanalista, Diretora Tesoureira da EBP,
Membro da Associação Mundial de Psicanálise - AMP
Membro da Escola Brasileira de Psicanálise - EBP/Delegação PB
MINISTRANTE: GLACY GORSKI, Psicanalista, Diretora Tesoureira da EBP,
Membro da Associação Mundial de Psicanálise - AMP
Membro da Escola Brasileira de Psicanálise - EBP/Delegação PB
CURSO: HISTERIA E FEMINILIDADE
DATA: 31/08/2013
HORÁRIO: 8h às 12h – 15h às 18h
LOCAL: Av. Dom Severino, 1024 –
Edf. Afrânio Nunes – sala 06 – Fátima
Inscrições: cepp-teresina.blogspot.com
Membros e Aderentes: R$150,00
Estudante de Graduação: R$100,00
Profissional: R$120,00
Vagas Limitadas
FORMAS DE PAGAMENTOS: depósito bancário direto no caixa
Banco do Brasil
Agência: 4708-2 Conta Corrente: 7.671-6
Em nome de: Maria Lídia M. Noronha Pessoa
ATENÇÃO:
Enviar ficha de inscrição junto com fotocópia do comprovante de depósito para o e-mail: cepp.teresina@gmail.com
Nos casos em que seja necessária comprovação formal dos alunos de graduação, a inscrição só será confirmada após o envio da comprovação da graduação junto com a ficha de inscrição;
Serão aceitas somente inscrições com depósito bancário direto no caixa e concluída com o envio para o e-mail do CEPP, constando ficha de inscrição e comprovante de pagamento.
FICHA DE INSCRIÇÃO:
CURSO: HISTERIA E FEMINILIDADE
Nome completo: _____________________________________
Endereço:__________________________________________
CEP: _______________Cidade: _______________UF_____
Telefones:_______________celular:__________________
E-mail:___________________________________________
Profissão:_______________________________________
Categoria:
( ) Membros e Aderentes
( ) Aluno da Graduação
( ) Profissional
Endereço:__________________________________________
CEP: _______________Cidade: _______________UF_____
Telefones:_______________celular:__________________
E-mail:___________________________________________
Profissão:_______________________________________
Categoria:
( ) Membros e Aderentes
( ) Aluno da Graduação
( ) Profissional
sábado, 27 de julho de 2013
Encontro com Marcelo Veras
O CEPP com
seus membros e aderentes reuniu-se hoje à tarde com Marcelo Veras, psicanalista,
Diretor da Escola Brasileira de Psicanálise, Membro da Associação Mundial de
Psicanálise e Membro da Escola Brasileira de Psicanálise. Durante o encontro,
Marcelo discorreu sobre sua experiência institucional como psicanalista. Em
sequência falou sobre a formação do analista como uma formação permanente
pautada na análise pessoal, estudo teórico e supervisão, sendo essas as bases
para uma formação sólida. Momento
oportuno de debate e enriquecimento sobre a psicanálise com a passagem do Marcelo
por Teresina.
Marcelo Veras em Teresina
Sábado dia 27/07/2013 às 17h o CEPP contará com a presença de Marcelo Veras, psicanalista da Associação Mundial de Psicanálise -AMP, Membro da Escola Brasileira de Psicanálise - Seção BA e atual Diretor da Escola Brasileira de Psicanálise. Em sua reunião com os membros e aderentes do CEPP, Marcelo falará sobre a formação do analista e a da política da Escola.
segunda-feira, 10 de junho de 2013
domingo, 26 de maio de 2013
ANGÚSTIA, MEDO E REAL NA CLINICA COM CRIANÇAS
DATA: 07.06.2013
HORÁRIO: 19H
LOCAL: Auditório Noé Mendes – CCHL / UFPI
Atividade isenta
MINISTRANTE: CRISTINA VIDIGAL, psicanalista, Membro da
Associação Mundial de Psicanálise – AMP e Membro da Escola Brasileira de
Psicanálise – EBP/seção MG
CURSO: CLÍNICA COM CRIANÇA E ADOLESCENTE
DATA: 08/06/2013
HORÁRIO: 8h às 12h – 15h às 18h
LOCAL: Av. Dom Severino, 1024 –
Edf. Afrânio Nunes – sala 06 – Fátima
Inscrições: cepp-teresina.blogspot.com
Membros e Aderentes: R$150,00
Estudante de Graduação: R$100,00
Profissional: R$120,00
Vagas
Limitadas
FORMAS DE PAGAMENTOS: depósito bancário direto no caixa
Banco do Brasil
Agência: 4708-2 Conta Corrente: 7.671-6
Em nome de: Maria Lídia M. Noronha Pessoa
ATENÇÃO:
Enviar ficha de inscrição junto com fotocópia do comprovante de depósito para o e-mail: cepp.teresina@gmail.com
Nos casos em que seja necessária comprovação formal dos alunos de graduação, a inscrição só será confirmada após o envio da comprovação da graduação junto com a ficha de inscrição;
Serão aceitas somente inscrições com depósito bancário direto no caixa e concluída com o envio para o e-mail do CEPP, constando ficha de inscrição e comprovante de pagamento.
FICHA DE INSCRIÇÃO:
CURSO: CLÍNICA COM CRIANÇA E ADOLESCENTE
Nome completo:
_____________________________________
Endereço:__________________________________________
CEP: _______________Cidade: _______________UF_____
Telefones:_______________celular:__________________
E-mail:___________________________________________
Profissão:_______________________________________
Categoria:
( ) Membros e Aderentes
( ) Aluno da Graduação
( ) Profissional
Endereço:__________________________________________
CEP: _______________Cidade: _______________UF_____
Telefones:_______________celular:__________________
E-mail:___________________________________________
Profissão:_______________________________________
Categoria:
( ) Membros e Aderentes
( ) Aluno da Graduação
( ) Profissional
sábado, 11 de maio de 2013
Jacques Lacan O Seminário 6 O desejo e sua interpretação
O que nos mostra Lacan? Que o desejo não é uma função biológica; que não
está articulado a um objeto natural; que seu objeto é fantasístico. Por isso, o
desejo é extravagante. Ele é fugidio a quem se propõe a assenhoreá-lo. Ele os
engana. Mas também, se não é reconhecido, fabrica o sintoma. Em uma análise,
trata-se de interpretar, quer dizer ler no sintoma a mensagem de desejo que ele
contém.
Se o desejo desbarata, em
contrapartida, ele suscita a invenção de artifícios que fazem o papel de
bússola. Uma espécie animal tem sua bússola natural, que é única. Na espécie
humana, as bússolas são múltiplas, são montagens significantes, discursos.
Dizem o que é preciso fazer: como pensar, como gozar, como se reproduzir. Porém
a fantasia de cada um permanece irredutível aos ideais coletivos.
Até uma época recente, nossas
bússolas, diversas como são entre si, indicavam um mesmo norte: o Pai.
Acreditava-se em um patriarcado antropológico e invariante. Seu declínio foi
acelerado com a igualdade de condições, a ascensão do poder do capitalismo, o
domínio da tecnologia.
Estamos na fase de saída da era do
Pai.
Outro discurso está em vias de
suplantar o anterior. A inovação no lugar da tradição. Mais do que a
hierarquia, a rede. O atrativo do advir substitui o peso do passado. O feminino
sobrepõe o viril. Ali onde tínhamos uma ordem imutável, os fluxos
transformacionais franqueiam incessantemente os limites.
Freud é da era do Pai. Ele trabalhou
muito para salvá-lo. A Igreja acabou se dando conta. Lacan seguiu a via aberta
por Freud, mas ela o levou a formalizar que o Pai é um sintoma. Ele o mostra
aqui a partir do exemplo de Hamlet.
O que se guardou de Lacan – a
formalização do Édipo, o foco colocado no Nome-do-Pai – foi somente seu ponto
de partida. O Seminário 6 já o reformula: o Édipo não é mais a única solução do
desejo, é apenas sua forma padronizada; esta aqui é patogênica, não esgota o
destino do desejo. De onde vem o elogio da perversão que termina o volume.
Lacan lhe confere o valor de uma rebelião contra as identificações que garantem
a manutenção da rotina social.
Este Seminário anuncia “os rearranjos
dos conformismos anteriormente instaurados, até sua ruptura”. Nós estamos
nisso. Lacan fala de nós.
Jacques-Allain Miller
Campo
Freudiano
Coleção fundada por Jacques Lacan
Capa: Alegoria com Vênus
e Cupido, Bronzino (v.1545), óleo sobre madeira.
Londres, National Gallery. ÓGetty Images.
domingo, 5 de maio de 2013
NÃO AGUENTAMOS MAIS O PAI
Jacques-Alain
Miller lê
Une semaine de
vacances
Fragmentos selecionados e
estabelecidos por Christiane Alberti da intervenção de J.-A. Miller, no sábado,
20 de abril, por ocasião das conversações, leituras e projeções animadas por Christine
Angot no Teatro Sorano de
Toulouse, de 18 a 21 abril de 2013. O evento foi filmado e será
retransmitido pela La Règle du jeu.
«Une
semaine de vacances1 mostra que não
aguentamos mais o pai. Li como um apólogo para os dias atuais, um apólogo de
nosso ‘saco cheio’ do pai. Ele nos fez entender porque é
preciso sair do reinado do pai. O pai, esta ferida, teve seu tempo e hoje é
obsoleto. O pai incestuoso é um personagem bem conhecido da literatura, no
entanto, aqui se trata de outra coisa: é o romance do pai enquanto impossível
de suportar. A este respeito, ele é real, um efeito de sentido paradoxalmente
real. «Ela» (pois neste romance os protagonistas são designados somente pelos
pronomes ele e ela) gravita em torno deste real, ela é totalmente voltada para
ele. O girassol é heliotrópico, ela é mostrada como paternotrope, até chegar à
eclipse do pai ao final do romance. É o romance do que Lacan chamou de a père-version, o tropismo ao pai .
Como se libertar do pai? É possível livrar-se dele? Esta é a questão constante
de Lacan. Seu ponto de partida foi o Nome-do-pai, colocado como
função, do Seminário III ao Seminário IV, para dar conta das psicoses,
neuroses e perversões, mas não do que seria normal. Desde o Seminário VI,
percebe-se que o conceito de desejo desloca as linhas do Édipo. Este Seminário
que data de meio século – O desejo e sua
interpretação2, é contemporâneo de Une semaine de vacances.
O desejo tem não nada a ver com instinto, guia da vida infalível, que vai
direto ao ponto, que conduz o sujeito em direção ao objeto de sua necessidade,
que convém à sua vida e à preservação de sua espécie. Mesmo se este busca seu
parceiro em sua realidade comum, o objeto de desejo se situa na fantasia de
cada um. O Seminário busca explicitar a dimensão do fantasia: neste nível, há,
entre o sujeito e o objeto um ou bem, ou bem. No nível do que
se considera conhecimento, os dois, sujeito e objeto são adaptados um ao outro,
há cooptação, coincidência, até mesmo fusão intuitiva dos dois. Na fantasia,
por outro lado, não há este acordo, mas uma falha específica do sujeito diante
do objeto de sua fascinação – um certo perder o fôlego. Lacan fala de fading do sujeito, do momento em que este não pode se nomear. Isto é
representado no romance pelo fato de que as pessoas não são nomeadas, ficam
anônimas, e as qualidades do pai e da filha são expressas de forma furtiva. Há
somente a famosa «diferença sexual».
Há, no Seminário, uma frase que diz: «O pudor é a forma nobre do que se
apresenta, no sintoma, como vergonha e nojo», compreendamos que o pudor é a
barreira que nos impede quando estamos a caminho do real. Une semaine de vacances vai além da
barreira do pudor e avança na zona onde habitualmente opera o sintoma através
da vergonha e do nojo.
Aí, encontramos um pai, o Ele do romance, que odeia o desejo: ele se ocupa do gozo. Na medida em que
provoca seu eclipse ao final: Ela lhe conta um sonho, é uma mensagem de desejo a ser decifrada, e
imediatamente, seu humor muda: Ele fica indignado, chateado, furioso. Ele se vai, fica amuado. O desejo,
sob a forma do sonho, vem estragar a fixidez de seu gozo. Fixidez que suporta a
repetição, que Camille Laurens explora seus poderes alhures. Aqui, o gozo
retorna como um cântico insistente. A clivagem entre desejo e gozo se torna
palpável, sendo o gozo uma bússola infalível, diferentemente do desejo.
O pai manifesta sua vontade de transmitir um ideal, ele brinca de supereu. Os
limites do pudor são franqueados e, ao mesmo tempo, restituídos de forma
derrisória no nível do vocabulário – o pai cumpre a função de tudo bem dizer,
fazendo disto a perversão.
Estamos nos tempos de sair da era do pai. Se há um livro que me tenha dado esta
sensação de forma mais viva, este é Une semaine de
vacances. É emblemático do que estamos vivendo.
Freud salvou o pai, enquanto que, segundo Lacan, o pai é para ser interpretado
em termos da perversão. Vemos, no Seminário VI, que o Édipo não é a única
solução do desejo: esta é a sua forma padronizada, e sua prisão. O Édipo é
patogênico.
Une semaine de vacances reatualiza este avanço do Seminário
de Lacan. O desejo de Ela se emancipa graças ao mutismo e à raiva do pai. Ao final do romance, ela
se encontra numa estação onde o único elemento familiar, heimlich, é sua mala. O texto se encerra com estas frases: «Ela o olha. E ela
lhe fala». A mala substitui o pai, como objeto pequeno a. É aí onde agora está seu endereço, aí onde se aloja o sujeito suposto
saber. Será sua mala que lhe interpretará seu sonho.
1Angot Ch., Une semaine de vacances, Flammarion, 2012.
2Lacan
J., Le
Séminaire, livre VI, Le
désir et son interprétation, texte établi
par Miller J.-A., La Martinière & Le Champ freudien, à paraître en juin
2013.
Os traumas na cura analítica – Bons e maus encontros com o real
Há uma teoria espontânea do trauma. O que não podia acontecer,
aconteceu. Impensável! Inimaginável! Insuportável! Demais.
“Perco o controle” – Diante do impossível realizado o sujeito está
perdido, não é mais o que ele era, nem para si nem para os outros. Nenhuma
resposta vale. O sintoma explode.
A medicina, apoiada na ciência moderna, busca então uma solução – a
pílula do dia seguinte, a preparação antecipada, a verbalização imediata. É a
resposta pelo apagamento da memória – que tudo possa voltar a ser o que era
antes e que os homens voltem a se ocupar dos seus afazeres tal como o
imperativo do laço social exige. Não aconteceu porque não deveria ter
acontecido. A questão surge: como viver depois do trauma sem o trauma?
Não se tira nenhuma lição do trauma.
Como o trauma faz parte da existência e não pode ser eliminado, a
psicanálise opta por uma estratégia diferente, mais pragmática. Nenhuma
alteração da memória, nenhum apagamento, nenhuma contra programação, nenhuma
catarse, poderão eliminar o real. Mesmo supondo que tais soluções sejam
possíveis, os danos colaterais seriam grandes demais e inaceitáveis do ponto do
visto ético.
Então, o que propõe a psicanalise? Ela considera que o trauma
aconteceu, que ele modificou o sujeito e que ele se apresenta como avesso de um
ato. E por isso que ela escolhe tirar do trauma um ensinamento. Desde a sua
origem, a psicanálise, os analistas, Freud antes de todos, tiveram que
reconhecer uma evidencia clínica: a realidade psíquica não coincide de modo
algum com a realidade objetiva, seja ela fatual ou do discurso.
Mais ainda, a noção de trauma exige uma nova definição do fato e do
evento que seja congruente com o sujeito do inconsciente. Lembremo-nos do
celebre exemplo citado na Interpretação dos
Sonhos revisto por Lacan.
Um pai perdeu seu filho, perda cruel, trauma no sentido comum. Exausto,
ele pediu a uma pessoa familiar que se ocupasse de velar alguns instantes o
corpo do filho amado. Mas, por sua vez, esse homem adormeceu ao lado da criança
que, ela, dormia o seu sono derradeiro. De repente, um barulho: o fogo começou
a queimar o corpo do filho amado. Esta é a realidade. Como é que o inconsciente
responde? Por um pesadelo. A criança se aproxima e murmura “Pai, não vês que
estou queimando?”. Onde está o trauma? A impossível voz do morto, eis o que
verdadeiramente desperta o pai.
Uma imagem indelével, a erupção de um terror, a exacerbação de uma
emoção, uma palavra eternamente inarticulável, são múltiplas as referencias às
feridas que não se apagam, “perdas imaginarias no ponto mais cruel do objeto”.
A expressão é de Lacan que celebra, na perda, a relação do trauma aos objetos,
deixando o sujeito desnorteado, em um mundo que perdeu o sentido.
Aqui inicia-se o tratamento, no intervalo da fratura do sujeito, da
perfuração da sua realidade. Sobre estes pontos de fixação, a maquina de
produzir sentido se precipita e se esgota, confrontada ao que cegamente, o
inconsciente real, não cessa de repetir.
Todo mundo delira, isto é, dá seu próprio sentido, porque todo mundo é traumatizado.
Mas o delírio não liberta do trauma. Quando isso se repete, em quais condições um eu pode advir?
À universalização do delírio dos Uns-sozinhos, responde a generalização
do trauma. O mal estar correlacionado ao sintoma cedeu seu lugar ao trauma
relacionado à rejeição da marca, na medida em que o simbólico perde seu poder
diante do real. A utopia dominante não é mais o recurso ao pai, mas ao risco
zero com a docilidade geral que ele implica. Porém, não se leva ai em conta
essa “coisa obscura” que está em nós. Cabe à psicanálise atribuir-lhe seu justo
lugar, sempre singular, sempre contingente.
Christiane Alberti, Marie-Hélène Brousse
domingo, 7 de abril de 2013
Adesão ao CEPP
Em virtude das
solicitações dirigidas ao CEPP sobre a formação em psicanálise, seguem alguns
esclarecimentos. Àqueles que se interessam pela psicanálise como formação, o
caminho está para além de um curso com uma temática definida e sua carga
horária estabelecida. O CEPP é uma associação psicanalítica que adota a
orientação lacaniana, que se norteia em seus conceitos e experiências para
abordá-la. Esta orientação, que teve seu campo aberto por Freud, consiste na
formação do analista, em uma práxis via análise pessoal, estudo teórico e
supervisão clínica. Portanto, três pilares são interligados e contínuos no percurso
da formação do analista, sendo
sustentado por um desejo como causa psicanalítica.
O CEPP trabalha
com formações através de cursos, seminários, grupos de estudos, cinemas e arte.
Desenvolvendo a psicanálise em práxis, ensino e extensão, que se constitui em uma
Escola ou Associação como presentificadora da psicanálise no mundo, tão bem
orientado por Lacan em seu texto Proposição
de 9 de outubro de 1967, que nos convida ao debate da maneira de como nos
garantirmos na formação do analista e qual o vínculo social possível entre
estes.
Aqueles que se
interessam pela psicanálise como formação de psicanalistas, o caminho está para
além do curso propriamente dito. Desta forma, recomendamos que enviem uma carta
à direção do CEPP, relatando seu desejo e percurso com a psicanálise. Uma vez
aceita a carta, será realizado uma entrevista com o candidato à adesão ao CEPP.
Essa solicitação pode ser feita durante todo ano. Por outro lado, são benvindos no CEPP, todos
vocês, que não desejem a formação, mas desejam constituir conexões
específicas e diálogos com a psicanálise.
Att,
Carlange de Castro
Carlange de Castro
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Comunicado
Comunicamos a todos que o CEPP já iniciou suas atividades internas. Em março estarão disponíveis ao público os cursos e atividade de cinema.
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